Ontem Maíra, uma amiga muito querida me convidou para uma conversa via skype após às 20h. Eu sempre adorei a noite, a noite me libertava, me fazia criativa, me fazia sonhadora, eu escrevia, pintava, desenhava, via filmes, lia, namorava, enfim. Eu recusei. Eu precisava seguir uma série de rituais que nunca me fizeram passar mal antes, porque assim eu 'posso' não passar mal. Quando disse isso tive vergonha de mim mesmo, o que estou tentando controlar está fora do meu controle, e não adianta eu criar novas rotinas sempre que tudo piora, porque eu sempre vou criar e recriar novas rotinas e jamais terei a certeza quando vou ou não vou passar mal.
"O que está nos ameaçando? Uma ameaça real? Uma avaliação equivocada de nossa capacidade de lidar? Uma catastrofização que exagera a avaliação negativa das consequências de um evento? A repetição de um trauma que não nos abandona?"
Do Controle à Confiança - por Artur Scarpato "O que está nos ameaçando? Uma ameaça real? Uma avaliação equivocada de nossa capacidade de lidar? Uma catastrofização que exagera a avaliação negativa das consequências de um evento? A repetição de um trauma que não nos abandona?"
Usando o post de Artur Scarpato resolvi fazer uma reflexão. Percebi que não há uma ameaça real que me faça ter certeza de que posso me sentir mal, ou como sempre me pergunta meu terapeuta: que evidências você tem de que vai passar mal? Não tenho evidências reais, não há um perigo iminente de morte, tenho um corpo saudável, não tenho nenhum problema grave de saúde.
"Uma avaliação equivocada da nossa capacidade de lidar?"
Segundo Augusto Cury somos totalmente capazes de sermos diretores de nossa própria psique. Logo, sou a única capaz de não só suportar, mas também dominar meus sentimentos e vencer a ansiedade.
"Uma catastrofização que exagera a avaliação negativa das consequências de um evento?"
Eu queria um alarme que soasse sempre que eu estivesse guiando nessa direção, porque é assim que eu funciono. Suavizar os problemas ao invés de aumentá-los poderia ajudar.
"A repetição de um trauma que não nos abandona?"
Trago alguns inesquecíveis, mas vou fazer uma lista e contar pro meu terapeuta porque tenho a sensação de exorcizar ou fazer com que fatos traumáticos percam a importância ao fazer isso.
"Há uma antítese entre confiança e controle. Quanto menor a confiança maior a busca de controle. Quanto maior a tentativa de controle, menor o sentimento de segurança e confiança."