quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Ansiedade coletiva

"Façamos o Homem à nossa imagem e semelhança" (Gn 1,26)

De tudo que já experimentei contra a ansiedade, a Yoga é o que me faz sentir melhor. Yoga é mais que uma série de atividades físicas, é uma filosofia de vida, é cuidar do corpo que me abriga, é ter um momento para olhar dentro de mim, é observação, mudança positiva de atitude, é acreditar no bem que existe em todas as pessoas, inclusive em mim, porque não?

Meu psicólogo diz que devo me ver como um todo, e não como algo negativo, ninguém é só negativo, ninguém é de todo positivo. Tenho algo bom em mim e tenho isto para doar, por mais que forças negativas eternamente tentem mudar o foco da minha felicidade tenho as ferramentas para inverter esse quadro.

Sempre tive a sensação de que as pessoas eram mais felizes do que eu, ou tinham menos problemas que eu, e por mais que me deparasse com situações realmente ruins na vida dos outros e tivesse compaixão e gostasse de ajudar, nunca conheci ninguém que tomasse remédios para controlar as emoções e fosse tão sem segredos sobre esse assunto, talvez por isso tenha ilusão de que sou a única. Um terapeuta me disse certa vez: "você não é a única a ter problemas, eu faço terapia".

Minha orientadora de Yoga disse que as pessoas em sua maioria buscavam na Yoga a iluminação interior, apesar de alegar motivo de doenças patológicas.
Dividir esse fardo não me faz sentir melhor, mas me faz perceber que diante do sofrimento de todas as pessoas percebo que sou mais uma, mas não mais uma que sofre e sim mais uma que luta. Posso lutar com dignidade ou sofrer até a morte. Agora o conformismo cristão que outrora menosprezei parece ser útil. De volta ao planeta dos macacos.